quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Estatuto do Aluno

O texto que abaixo transcrevo foi-me enviado por mail de uma professora. Como estou plenamente de acordo, resolvi inseri-lo no meu Blog.
Não consigo imaginar o dia de amanhã... Tanto facilitismo, tanta preocupação com os números, em vez da real educação dos cidadãos do amanhã. Como pode um professor ter um aluno na sala a cometer distúrbios e não ter a possibilidade de o mandar retirar. Porque tem uma "maçã podre" de originar que todo o cesto apodreça? Compreendo completamente a desmotivação com que os professores vão encarar a sua profissão a partir do momento em que esta Lei??? for aprovada. Assim não dá. ESTOU SOLIDÁRIO COM QUEM DEFENDE A EDUCAÇÃO, não com quem a quer deturpar.
"P. Q. P.!...
O estatuto de aluno concede-lhe o direito de não reprovar por faltas. Se faltar, o problema não é dele. A escola é que terá que resolver o problema.
Tendo singrado na vida e atingido o fim da escolaridade sem saber ler nem escrever e mesmo sem ter posto os pés nas aulas, o estatuto de cidadão concede-lhe o direito de ter um emprego. Se faltar ao emprego como faltava às aulas, o problema não é dele. O patrão é que terá que resolver o problema.
Se, por um impensável absurdo, for despedido, o problema não é dele. O estatuto de desempregado concede-lhe o direito de ter um subsídio de desemprego e o problema é do Estado.
Se, na vigência do subsídio, faltar às entrevistas ou recusar novo emprego, o problema não é dele. As suas habilitações arduamente conquistadas concedem-lhe o direito de escolher emprego compatível e o problema é do Instituto do Emprego, obrigado a arranjar-lhe ocupação, para não aumentar as listas de desempregados.
Se, por um novo improvável absurdo, ficar fora do esquema, o problema não é dele, que o estatuto de cidadão com todos os direitos concede-lhe o direito ao rendimento social de inserção. Que constituirá uma renda perpétua, pois o cidadão tem direito à existência!... Renda paga pelos portugueses e não, como devia ser, pelos autores desta celerada lei, fautora da indisciplina, do laxismo, do não te rales, da irresponsabilidade mais absoluta, fomentadora da exclusão social!...
Por uma vez, tenho direito à indignação, com todas as letras: P. que os pariu!..."

1 comentário:

Pulpo disse...

Todos nós temos o direito à indignação.
Se uma pessoa se sente desmotivada na profissão, que escolheu, poderá não estar na profissão certa, ou melhor, poderá não ter o perfil para essa mesma profissão.
Quem desmotiva na profissão, deverá repensar, o que faz nela, quais os seus objectivos quando optou por ela!
Parece-me um tanto arrogante, que professores ou outras profissões e mais grave é se forem funcionários do Estado, que se queixem. Sempre ouvi que quem está mal, pode mudar-se. Que os professores se queixem até aí muito bem, mas que façam disso pretexto, para que toda a sociedade os achem umas vítimas deste sistema ou deste governo, parece-me mal. Atenta a conjuntura de desemprego nacional, acho que é uma arrogância que funcionários do Estado, que raramente ou quase nunca podem ser despedidos, manifestar-se nesse sentido. Será até uma afronta, para milhares de portugueses, que não são funcionários do estado, e que se encontram desempregados ou com patrões insuportáveis, mas que têm que se calar, porque sabem bem qual o desfecho se se revoltassem públicamente...

Por outro lado, se um aluno, não chumba por faltas, não me escandaliza, aos professores talvez. Nas faculdades não se chumba por faltas, bem poderá dizer-se que os alunos têm outra idade, pois têm, mas a responsabilidade existe em cada geração.
A questão é que alunos interessados e responsavéis, vão às aulas ou estudam, ou outros já não o faziam, mesmo quando chumbavam por faltas.
O interesse, está nos objectivos a atingir na vida. Ora, se na realidade o aluno não frequenta as aulas, o probelma é só dele, só ele é que no futuro irá pagar essa factura. Irá concerteza sentir na pele os erros do passado, mas isso é como em tudo na vida, mais cedo ou mais tarde cada um tem a recompensa ou não do seu empenho.
Agora a escola, não lhe vai resolver no futuro o facto de ele ser ou não bem sucedido na vida, nem os professores lhe vão resolver esse problema no futuro.
E, o sucesso na vida não passa exclusivamente por um elevado grau de escolaridade, passa sim, também por outros factores tais como a inteligência, experiência, credibilidade, etc. , e isto nenhuma escola poderá dar.