quarta-feira, 18 de junho de 2008

Hey Manhattan! (Prefab Sprout)

Queremos Paz (Gotan Project)

Felicidade e Sonhos. Uma linda mensagem!

10.5: Apocalipse


O DIA EM QUE A TERRA NÃO AGUENTOU...


"10.5: Apocalipse" (2006 - 115m). A TVI exibiu ontem a 1ª. parte deste filme e prepara-se para colocar no ar a segunda. É um filme arrepiante, mas que dá que pensar. E se em vez dos Estados Unidos fosse em Portugal? Estaremos nós preparados para uma catástrofe à escala nacional? Como autarca, garanto que não.


Não culpo autarquias nem Governo. Só pensamos em Santa Bárbara na hora do trovejo. O Terramoto de 1 de Novembro de 1755, que fez tremer Lisboa, foi um pequeno exemplo. Após 250 anos continuamos a pensar que as desgraças acontecem apenas no quintal do vizinho e não nos preparamos adequadamente para o nosso quintal.


SINOPSE: Um pequeno abalo sísmico é sentido na costa oeste dos Estados Unidos. Por se tratar de um sismo com epicentro num lugar onde estão instaladas duas centrais nucleares, a sismóloga Samantha Hill (KIM DELANEY - C.S.I. MIAMI) é chamada para uma investigação mais profunda do acontecimento. Ela chega à conclusão que, se houver um sismo de amplitude maior, haverá o risco de se abrir uma falha que provocará a morte a milhões de pessoas. É preciso evitar um apocalipse nuclear...Uma verdadeira corrida contra o tempo!


REALIZADOR: John Lafia


INTÉRPRETES: Kim Delaney, Beau Bridges, Frank Langella, Melissa Sue Anderson, Dean Cain, Oliver Hudson, Carly Pope, David Cubitt, Tyrone Benskin.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Ludwig van Beethoven: Ode an die Freude/Ode to Joy

Não à Europa federalista

Os políticos terão de uma vez por todas respeitar a democracia. Em três países onde se fez o Referendo à Europa, o "Não" ganhou. Depois da França e da Holanda foi hoje também a vez da Irlanda, que disse "Não" ao Tratado de Lisboa.

Se a maioria não concorda com uma Europa federalista, mas sim com uma Europa Económica, para quê insistir?

O caso português foi paradigmático. O Governo socialista, bem apoiado pela oposição social-democrata, aceitou, sem referendo, uma Europa dos Grandes. Eu não passei procuração a ninguém para decidir por mim sobre quem me deverá administrar. Nasci português e queria que os meus governantes fossem portugueses. Há razões históricas, concerteza, que vêm desde o tempo em que D. Afonso Henriques conquistou esta parcela à beira mar.

Esta singularidade portuguesa existe também noutros Estados europeus. A grande riqueza europeia está na diversidade de culturas (latina, nórdica, báltica, entre outras). A Europa vem desde o gelo até ao Mediterrâneo e desde os Urais até ao Atlântico. É um território vasto, rico em tradições, em cultura, em história.

Juntar tudo no mesmo saco e passar a considerar a Europa como um só Estado Federalista, tipo Estados Unidos da Europa é uma ideia simultaneamente peregrina, mas também bacoca.

É como se a Europa precisasse de se colocar a reboque do mundo e não o contrário. É um assumir claro da nossa dependência aos Estados Unidos da América e aos países asiáticos emergentes. É a criação de uma auto-defesa para combater um inimigo externo que passará a estar algures na Ásia, América ou quiçá, em África.

A Europa não precisa de se proteger. A Europa é o berço da civilização ocidental e ninguém ataca as suas próprias "raízes", pois corre o risco de "secar".

Não queremos uma Europa apenas dos "Grandes", como preconizam todos os acordos e tratados que pretendem federalizar o continente. Queremos uma Europa de todos. Com várias línguas e várias culturas.

Quando é que Durão Barroso e os "patrões" da nova Europa percebem isto? Quantos mais tratados vão ter de ser rejeitados? É só colocar a referendo e qualquer país votará contra o federalismo europeu como já o fizeram a França, Holanda e agora também a Irlanda.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Charanga no 40 Horas Non-Stop de Serralves



Pelo terceiro ano consecutivo marquei presença no "40 Horas Non-Stop de Serralves", no Porto. Vi o espectáculo poético e visual, “Charanga”, dos Circolando, e gostei. O espectáculo cómico levou a criança que estava ao meu lado, a Matilde, ao colo da avó, a segredar-lhe: "Eles são malucos", como quem diz: "O Rei vai nu". Mas afinal um espectáculo circense não tem de ser maluco, para ser cómico? Como podia a Matilde imaginar na inocência da sua tenra idade?

O espectáculo parte de dois objectos simbólicos, a bicicleta e a fanfarra. Parte das entranhas da terra para desejar os elementos ali ausentes: luz, ar, viagem… Procura a solidão, a nostalgia dos mineiros… e inventa para eles um sonho de criança. Um sonho de fuga e evasão em círculos de um carrossel. Um sonho que se conta com música. A música de uma pequena filarmónica de sopros. O espaço de sonho tem a forma de um círculo. Um círculo de terra com uma enigmática peça de ferro ao centro. Antes, houve uma vida dentro da terra fria e longas viagens por estradas sem fim. Histórias de um antes de ali chegarem que o que abre o espectáculo transpõe para a tela.

A Companhia Circolando existe desde 1999. Faz espectáculos que propõem um teatro visual e interdisciplinar que cruza o teatro físico, a dança, o teatro de objectos, o circo, a música e o vídeo. A companhia vem afirmando a singularidade do seu projecto artístico com a criação e difusão dos espectáculos Caixa Insólita, Rabecas, Giroflé, Charanga, Cavaterra e Quarto Interior. Fora de Portugal, a Companhia Circolando já foi acolhida em Espanha, França, Bélgica, Holanda, Reino Unido, Alemanha, Áustria, Eslovénia, Coreia do Sul, etc...

LA FLOR MÁS GRANDE DEL MUNDO - José Saramago

Deliciemo-nos com esta versão animada do livro infantil de José Saramago "A Maior Flor do Mundo". Produzido em 2007, o filme ganhou o prémio de melhor animação do Anchorage Internacional Film Festival e foi nomeado para os Goya deste ano na categoria de melhor curta-metragem. Saramago aparece no filme, como narrador e como personagem.


Já tens o Meo?

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Sócrates, 1 - Camionistas, 0

Nenhuma classe de trabalhadores, nenhuma entidade ou instituição pode fazer chantagem sobre qualquer Governo, exigindo melhores condições e justificando os meios com os fins preconizados.

Os camionistas pararam. Pararam porque os patrões os mandaram parar. A greve aconteceu em Portugal como em Espanha. Os postos de combustível secaram, as prateleiras dos supermercados ficaram vazias e muitas empresas (a Auto-Europa, por exemplo) tiveram de reduzir a produção por falta de matérias-primas.

Com o Ministro da Administração Interna, Rui Pereira, "refugiado" no Brasil, coube ao Primeiro-Ministro José Sócrates pegar na "batata quente". No Parlamento referiu que esteve até à 1,30 da madrugada em São Bento, desdobrado em reuniões.

Por fim o "fumo branco" e a greve das transportadoras era "suspensa" em Portugal. O pacote ridículo de reivindicações era semi-satisfeito, com arte e engenho político, sobejamente reconhecido ao nosso Chefe de Governo (a proximidade de eleições não será alheia). A situação era insustentável. Sócrates soube ceder sem abrir a "Caixa de Pandora" que era satisfazer integralmente os caprichos de um sector (transportes rodoviários), com argumentos absurdos do aumento dos combustíveis. Uma das cláusulas do acordo prevê que os pagamentos neste sector passem a fazer-se a 30 dias(!!!). O que é que o Governo tem a ver com isto??? O Prazo de Pagamento não deverá ser negociável num acordo comercial de uma economia de mercado???
Sócrates teve uma leitura correcta dos acontecimentos. Acabar com o mal antes que este se ramifique. A falta de combustível no Aeroporto de Lisboa parece ter sido o motivo que despoletou o "acordo".

Ao contrário, em Espanha, Zapatero mostra-se intransigente, e a greve continua.

DEPENDÊNCIA: Grande parte das empresas portuguesas estão amplamente dependentes dos transportes terrestres. Excessivamente, leia-se. Miguel Sousa Tavares teve uma importante leitura no Jornal Nacional, da TVI. "Abandonou-se a via ferroviária, acabando-se com determinados ramais, e o resultado está à vista. E não é com TGV's que resolvemos isto". As palavras, embora não contextuais, foram basicamente estas. Subscrevo-as na íntegra.

FERROVIAS: Na maior parte dos países europeus, existem vias ferroviárias dessiminadas de igual forma por todo o território. Em Portugal abandonámos há duas décadas esta opção. O transporte de mercadorias (e de pessoas), por esta via, devia ser exaustivamente estudado. Além das vantagens evidentes para o ambiente, e acredito que com o aumento dos combustíveis também traga vantagens económicas, haveria um risco menor, em casos como este, da paralização rodoviária. Em Portugal a rede ferroviária quase que se resume à Linha do Norte (Lisboa-Porto). João Cravinho (no tempo do Governo de António Guterres) bem tentou apostar nesta alternativa.

MAR: O recurso ao transporte marítimo, entre cidades portuárias, também devia ser equacionado. Tão voltados que estamos para o litoral em certas coisas e sempre com uma visão tão limitada e redutora. Todas as possibilidades devem estar sobre a mesa para que o Estado esteja menos "vulnerável", como o reconheceu hoje José Sócrates.