quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Asfixia Ortográfica

Hoje o Senhor Presidente da República, Cavaco Silva, veio em horário nobre de telejornais dizer que a segurança da informação que tem nos seus computadores revelou-se "vulnerável".

Por trás de tudo isto esteve um e-mail entre o editor de política do "Público" e um assessor de Belém. Não vou "esmiuçar" esse e-mail que não se sabendo muito bem como (!) foi parar à redacção do "Diário de Notícias", mas tão só revelar alguns erros ortográficos que ele contém. Então Luciano Alvarez escreve "conseguir-mos"!!! em vez de conseguirmos e "pudemos"!!! em vez de podemos?


Mas o dia de hoje tem sido fértil em gaffes ortográficas. No "Jornal Nacional" da TVI desta noite (29/09/2009) aparece no ecran que os portugueses preferem que o PS governe "sosinho"!!!


Hoje, no MSN uma amiga minha questiona-me "entao ja descansas-te tudo?", quando devia ter escrito "então já descansaste tudo?"


Serão sinais da avaliação dos professores ou da obrigatoriedade de passar os alunos, mesmo que não percebam nada de português? Nem quero imaginar os universitários do futuro. Os docentes que se preparem porque têm de adquirir um descodificador da nossa língua. Não "axam"?

2 comentários:

Anónimo disse...

Por acaso, concordo inteiramente. Eu sei que todos cometemos erros, por dúvida, por distracção ou por ignorância. Mas num jornal e nos online é linha sim, linha não...
Onde estão os revisores?

Pulpo disse...

Se um amigo meu me escreve :
"entao ja descansas-te tudo ".

Pensaria que não seria consequência directa da avaliação dos professores ou da obrigatoriedade de não reprovarem os alunos, mas que o meu amigo não saberia escrever correctamente português e a culpa não seria da implantação de certas medidas políticas no sistema de ensino, mas seguramente da sua ausência de capacidade de aprendizagem da língua portuguesa...conheço pessoas que com baixa escolaridade escrevem correctamente português...porque será ?!

Mas para que o futuro seja mais saudável a nível da escrita, será obrigatório avaliar quem ensina.
Pois, se queremos bons professores, eles próprios, não devem temer serem avaliados.
Quem teme ser avaliado é porque tem medo dessa mesma avaliação, e as razões só eles saberão!