quinta-feira, 17 de abril de 2008

Sai um "Coelho" da cartola de Menezes

Luís Filipe Menezes foi mais uma vítima do PSD. Ninguém duvida da sua ousadia ao candidatar-se contra Marques Mendes e todos os principais barões do partido, que nunca lhe perdoaram a derrota que lhes impôs nas primeiras directas "laranjas".

Parecia que vinha aí um novo Sá Carneiro. Enganei-me. Muito estadista e com discursos gastos, rapidamente deixou de agradar tanto a gregos como a troianos. Menezes tinha-me desiludido 15 dias depois de eleito, conforme escrevi aqui no meu Blog. Precisava de voltar-se para o país e as maleitas quee o afectam mas preferiu olhar para o umbigo (leia-se, o partido).


Os "os elitistas, sulistas e liberais" não lhe perdoaram, e nem esqueceram, a célebre frase do saudoso congresso do Coliseu, em 1995. Agarrou-se a Santana Lopes para dizer que tinha Lisboa com ele. Mas Lisboa não gosta de nortenhos intrometidos e tudo fez para correr com ele. Pediram a um nortenho (deu menos nas vistas) para incendiar (Pacheco Pereira) e a outro para o golpe misericordioso (Aguiar Branco).


Menezes tinha tudo contra si. Os portugueses não se reviam nesta oposição. O partido estava dividido.


CENAS DO PRÓXIMO CAPÍTULO: Pedro Passos Coelho surge como um "D. Sebastião". Lembro-me dele no Congresso da JSD em 1993 (na Figueira da Foz), onde estive com os meus amigos Jorge São José, Jorge Ratola, Jorge Oliveira e Elmano Jorge (como eu também sou Jorge, mais parecia uma convenção de Jorges). Pedro Passos Coelho e Gonçalo Capitão ficaram-me na memória desde essa altura. Passos Coelho vai ter de falar para o país e não para o partido. Assim conseguirá a confiança que a oposição tanto procurava.

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