Já almocei duas vezes com Francisco Louçã (líder do Bloco de Esquerda) em Albergaria-a-Velha e numa das vezes frente-a-frente. Reitero as palavras que lhe disse naquela altura (há nove anos): "O senhor é uma figura importante para a democracia portuguesa".
Louçã tem carisma e o BE arrisca-se, segundo as mais recentes sondagens, a ser a terceira força partidária nas próximas eleições. O Marketing, e a moda da esquerda, levaram o partido até um importante grupo parlamentar de oito deputados (em 230) que já ninguém menospreza. Recorde-se que o BE nasceu em Março de 1999 com a união do movimento "Política XXI" e dos partidos PSR (de inspiração "trotskista") e UDP (partido "maoísta"), ambos com mais de um quarto de século.
Louçã tem carisma e o BE arrisca-se, segundo as mais recentes sondagens, a ser a terceira força partidária nas próximas eleições. O Marketing, e a moda da esquerda, levaram o partido até um importante grupo parlamentar de oito deputados (em 230) que já ninguém menospreza. Recorde-se que o BE nasceu em Março de 1999 com a união do movimento "Política XXI" e dos partidos PSR (de inspiração "trotskista") e UDP (partido "maoísta"), ambos com mais de um quarto de século.
As palavras de Louçã são frias, mas vão ao encontro dos descontentes com os supostos criadores de riqueza. Se é certo que a maioria das riquezas em Portugal levantam muitas dúvidas (a provar estão as propostas sociais-democratas e comunistas à penalização do enriquecimento ilícito), também é certo que não podemos confundir a floresta com as árvores.
CARTAZ: O cartaz que o BE exibe actualmente indicia que o partido defende a nacionalização da GALP e da EDP, apenas porque geraram avultados lucros numa altura de crise acentuada. Acontece que o principal móbil de uma empresa é gerar lucro. Ou preferirá o BE as empresas, como a CP, que geram obscenos prejuízos? Se o cartaz defendesse a nacionalização porque se tratam de duas empresas estratégicas para a soberania nacional, até podia compreender os argumentos. Agora, criticar uma empresa porque dá lucros é algo subversivo que premeia a falta de produtividade (um dos males nacionais).
Conta-se que Olof Palme (primeiro-ministro sueco entre 1969 e 1976) visitou Portugal no período seguinte ao 25 de Abril de 1974, supostamente para melhor perceber a revolução lusa e terá perguntado a alguém: "O que é que vocês, portugueses, querem com esta revolução?". Alguém terá dito prontamente: "Acabar com os ricos!". Ao que Olof Palme, espantado, terá dito: "Engraçado, nós na Suécia queremos é acabar com os pobres". Voltamos à velha questão de quem olha o copo meio vazio, quando ele está meio cheio.
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