quinta-feira, 12 de junho de 2008
Charanga no 40 Horas Non-Stop de Serralves
Pelo terceiro ano consecutivo marquei presença no "40 Horas Non-Stop de Serralves", no Porto. Vi o espectáculo poético e visual, “Charanga”, dos Circolando, e gostei. O espectáculo cómico levou a criança que estava ao meu lado, a Matilde, ao colo da avó, a segredar-lhe: "Eles são malucos", como quem diz: "O Rei vai nu". Mas afinal um espectáculo circense não tem de ser maluco, para ser cómico? Como podia a Matilde imaginar na inocência da sua tenra idade?
O espectáculo parte de dois objectos simbólicos, a bicicleta e a fanfarra. Parte das entranhas da terra para desejar os elementos ali ausentes: luz, ar, viagem… Procura a solidão, a nostalgia dos mineiros… e inventa para eles um sonho de criança. Um sonho de fuga e evasão em círculos de um carrossel. Um sonho que se conta com música. A música de uma pequena filarmónica de sopros. O espaço de sonho tem a forma de um círculo. Um círculo de terra com uma enigmática peça de ferro ao centro. Antes, houve uma vida dentro da terra fria e longas viagens por estradas sem fim. Histórias de um antes de ali chegarem que o que abre o espectáculo transpõe para a tela.
A Companhia Circolando existe desde 1999. Faz espectáculos que propõem um teatro visual e interdisciplinar que cruza o teatro físico, a dança, o teatro de objectos, o circo, a música e o vídeo. A companhia vem afirmando a singularidade do seu projecto artístico com a criação e difusão dos espectáculos Caixa Insólita, Rabecas, Giroflé, Charanga, Cavaterra e Quarto Interior. Fora de Portugal, a Companhia Circolando já foi acolhida em Espanha, França, Bélgica, Holanda, Reino Unido, Alemanha, Áustria, Eslovénia, Coreia do Sul, etc...
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