Este último estava sempre cheio de água ao fim da longa caminhada da torrente até a casa, enquanto aquele rachado chegava meio vazio. Por longo tempo a coisa foi em frente assim, com a senhora que chegava em casa com somente um vaso e meio de água.
Naturalmente o vaso perfeito era muito orgulhoso do próprio resultado e o pobre vaso rachado tinha vergonha do seu defeito, de conseguir fazer só a metade daquilo que deveria fazer.
Depois de dois anos, refletindo sobre a própria amarga derrota, falou com a senhora durante o caminho: 'Tenho vergonha de mim mesmo, porque esta rachadura que eu tenho me faz perder metade da água durante o caminho até a sua casa...'
A velhinha sorriu: 'Você reparou que lindas flores tem somente do teu lado do caminho? Eu sempre soube do teu defeito e portanto plantei sementes de flores na beira da estrada do teu lado e todo dia, enquanto a gente voltava, tu as regavas. Por dois anos pude recolher aquelas belíssimas flores para enfeitar a mesa. Se tu não fosses como és, eu não teria tido aquelas maravilhas na minha casa.
Cada um de nós tem o próprio específico defeito. Mas o defeito que cada um de nós tem é que faz com que nossa convivência seja interessante e gratificante. É preciso aceitar cada um pelo que é e descobrir o que tem de bom nele.'
1 comentário:
nem sempre temos a distância necessária para vermos que , como o vaso rachado, regava lindas flores , que traziam beleza à vida de quem caregava o mesmo com tal defeito. Claro que esta velha, tinha sabedoria, sensibilidade...
para se ter esta visão das coisas( ou pessoas ) é necessário, que estejemos despojados de objectivos, de contabilizar tudo, de querer ver tudo às claras!
Claro que um perfeccionista nunca iria manter consigo, durante longos trajectos um vaso rachado...
penso que a velha senhora só viu, a utilidade e a beleza que o vaso lhe trazia, pois ela via o MUNDO COM OLHOS CHEIOS DE COMPAIXÃO E BELEZA.
quem não vê o mundo assim, jamais TRANSPORTA SISTEMÁTICAMENTE um vaso rachado...
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